O Dia de São Roque celebra-se a 16 de agosto.
São Roque nasceu por volta de 1295 em Montpellier, França e terá morrido na mesma cidade a 16 de agosto de 1317, com apenas 22 anos.
Filho de uma família nobre e abastada, São Roque ficou órfão ainda jovem. Quando atingiu a maioridade doou os muitos bens herdados aos pobres e, por lei, ao seu tio, partindo em peregrinação sem nada para Roma.
No decorrer da sua viagem cruzou-se com muitas cidades assoladas pela peste. Prestou-se prontamente a ajudar todos os doentes, protagonizando curas milagrosas com um bisturi e o sinal da cruz. Onde havia sinais de peste, São Roque aparecia para curar os doentes, colocando a sua própria vida em risco.
Em Piacenza, no regresso de Roma a Montpellier, São Roque foi ele próprio atacado pela peste. O santo decidiu então isolar-se na floresta da cidade para não contagiar e para não perturbar ninguém com os seus gritos. Terá sobrevivido graças a um cão que lhe levava pão todos os dias. Curioso, o dono do cão seguiu-o e encontrou São Roque, do qual se tornou amigo e o ajudou na doença.
Curado milagrosamente, São Roque regressou a Montpellier para doar o resto dos seus bens. Porém, com a cidade em guerra civil, o santo foi confundido por um espião e foi preso. O governador da cidade, seu tio, não o reconheceu, nem o santo se terá identificado. São Roque permaneceu em esquecimento, preso durante anos, a viver a pão e água e em oração a Cristo.
Um dia, o carcereiro da prisão, que era coxo, e que se tinha tornado amigo do santo, viu faixas de luz a sair da cela de São Roque, e deparou-se com o corpo do santo estendido no chão. Reza a história que ao tocar com a perna no corpo do santo para ver se este estava morto, o carcereiro se curou milagrosamente. A notícia que morreu um santo em Montpellier espalhou-se rapidamente, e o santo acabou per ser identificado pela família como São Roque, pelo sinal em forma de cruz, cor de vinho, junto ao peito.
São Roque tornou-se o santo padroeiro dos inválidos e dos cirurgiões, sendo invocado contra as pestes e epidemias, sobretudo na proteção do gado contra doenças contagiosas. É geralmente representado com uma ferida na perna, com um cão aos pés e com um bastão e uma vieira típica dos peregrinos.