O Natal, 25 de dezembro é uma festa cristã muito popular, porque comemora o nascimento de Jesus Cristo. A palavra Natal vem do verbo nascer e, portanto, o seu verdadeiro significado é celebrar o nascimento de Jesus, o filho de Deus, porque assim ele se tornou humano como nós.

Apesar do sentido religioso da comemoração, a origem do Natal é pagã. A escolha da data 25 de dezembro remonta a outras culturas e rituais pagãos da época da Antiguidade.

Os primórdios do que hoje conhecemos como Natal, têm ligação com eventos que ocorriam há mais de 7 mil anos a.C. Esses eventos tinham a intenção de celebrar o solstício de inverno que, no hemisfério norte, ocorre muito próximo ao dia 25 de dezembro.

A noite em que ocorre o solstício de inverno é a mais longa do ano, e a partir desse acontecimento o Sol volta a se aproximar novamente da Terra, fazendo com que os dias comecem a ficar mais longos.

Os povos antigos celebravam esse momento como o "renascimento da luz" ou o instante em que a vida começava a "vencer as trevas". Como muitos eram caçadores, coletores, e dependiam também do plantio, a volta de dias mais longos significava também a renovação da esperança pela sobrevivência.

As celebrações pelo solstício de inverno costumavam durar 12 dias para os povos mesopotâmicos, aproximadamente entre os dias 25 de dezembro e 6 de janeiro. Na Grécia, era um momento também de cultuar Dionísio, deus do vinho e das orgias. Já no Egito, o deus Osíris era o homenageado.

Todas essas tradições influenciaram Roma posteriormente, que passou a usar a data para brindar à Mitra, o deus da luz. Esse culto ao deus Mitra chegou à Europa em torno do século 4 a.C. e, aos poucos, começou a conquistar seu espaço.

Mais tarde, foi criado em Roma o Festival do Sol Invicto, uma festa exclusivamente em homenagem à Mitra. Esse festival passou a encerrar outro festejo, também em comemoração ao solstício invernal, chamado Saturnália, em que Saturno era cultuado.

escultura Saturnália
Escultura Saturnália (1899), de Ernesto Biondi. O obra representa a festa pagã romana

Como a comemoração pagã se transformou no Natal

A Igreja Católica percebeu que as celebrações pagãs eram realmente muito significativas e "concorriam" com a doutrina cristã.

Assim, sem saber exatamente o dia em que Jesus nasceu, a Igreja aproveitou a comemoração pagã e a transformou na celebração do nascimento de Jesus, cristianizando a festa.

No princípio, os eventos mais importantes para os cristãos estavam relacionados apenas à morte e ressurreição de Cristo, ou seja, à Sexta-feira Santa e à Páscoa. De seguida, foi acrescentado o Natal, que começou a ser comemorado no início no século 4 d.C.

Ao longo dos anos, a comemoração do Natal foi incorporando expressões de várias culturas e transformou-se na festa que conhecemos atualmente.

Hoje, o Natal reúne uma série de elementos que fazem referência ao nascimento de Jesus. O presépio, por exemplo, que foi montado pela primeira vez em 1223 por São Francisco de Assis, e a árvore de natal, uma tradição que teve início entre os séculos XVI e XVII. 

Significado do Natal 

A palavra Natal tem origem do latim natalis, do verbo nascer. Assim, o Natal é a festa que comemora o nascimento de Jesus.

O verdadeiro sentido do Natal é celebrar esse acontecimento com alegria, afinal, ele recorda a todos os cristãos que o filho de Deus se tornou uma pessoa de carne e osso para viver entre os humanos e trazer-lhes esperança.

Para os católicos, o Natal é um dos eventos mais importantes, porque celebra o fato de o filho de Deus ter se tornado humano.

Os evangélicos se alegram com o fato de Jesus ter se tornado humano, mas têm a liberdade de escolher comemorar a festa de Natal ou não.

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